José João dos Santos, o Azulão, é um dos grandes - senão o bambambã maior - dos cordelistas em atividade. Autor de mais de 300 folhetos, cantador de viola e mestre de reisado, o artista paraibano, radicado no Rio de Janeiro há 56 anos, é um dos fundadores da famosa Feira de São Cristóvão, virou tese de doutorado, e foi notícia até no New York Times. Azulão ganhou homenagem no II Festival Internacional de Violeiros e Trovadores, em Quixadá.
MESTRE AZULÃO é dos principais nomes da poesia cordelista em atividade no Brasil.
O Klévisson Viana, artista muito antenado, foi quem apresentou. Este é o mestre Azulão, que cantou repente à viola, escreveu mais de 300 folhetos, sabe de cor romances de cordel que mais ninguém conhece. Foi no dia 8 de janeiro de 1932, ano sem chuva, lá em Cabaceiras, para os lados de Campina Grande, Paraíba, que veio ao mundo o menino mais velho de seu João Joaquim dos Santos e dona Severina Ana dos Santos, que todos conheciam por Cecília. O umbigo nem sarou direito e uma semana depois eles estavam de volta a Sapé, a terra de seu João Joaquim, onde a família prosperou: nasceram mais 17. "Eu sou filho de moça, sabe lá o que é isso?", brinca Azulão, recordando a infância. Pequenino como o Patativa, o poeta exibe natural elegância no traje de calça e camisa de pano passado, mais a graça do chapéu de massa e uns óculos fundo de garrafa. Por trás das lentes, o brilho arteiro dos olhinhos gaiatos.
Fonte:http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/index.php?titulo=Mestre+Azul%C3%A3o<r=m&id_perso=435
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